No seu livro “Os Jornalistas e as Notícias”, Fernando Correia oferece-nos o perfil daquele a que chama o jornalista à antiga: “Inicialmente, o desenvolvimento técnico (…) levou a que o jornalista à antiga, cujas tarefas incluíam quase todas as operações de fabrico do jornal, desse lugar quer ao jornalista profissional quer a outras especializações, como o compositor, o revisor, o paginador ou o desenhador (e depois o fotógrafo)”.
Desta forma, há um certo regresso ao passado neste contexto do “homem dos sete ofícios”. No entanto, Fernando Correia referia-se a uma época anterior à Internet, quem sabe anterior à televisão; os desafios que o jornalismo enfrenta nos dias de hoje em pouco se comparam aos de há cinquenta anos. O desenvolvimento técnico de que o autor fala encontra semelhanças, contudo, no jornalismo actual, sobretudo quando falamos de jornalismo online.
A era digital que revolucionou o mundo da comunicação está a obrigar a uma reflexão sobre o que vai ser o jornalismo no futuro e a uma remodelação dos moldes tradicionais em que este se praticava – e ainda se pratica em algumas empresas de informação.

Sem comentários:
Enviar um comentário