quinta-feira, 18 de junho de 2009

3 – “Convergência”


Esta multifuncionalidade do jornalista tem o seu regresso, por isso, no contexto das redacções integradas (um conceito também conhecido como convergência). A integração de diferentes plataformas (multimédia) numa mesma redacção proporcionou a que o jornalista estivesse presente em mais do que uma área em simultâneo. Um estudo da Universidade de Navarra – elaborado pelo grupo Novos Medios – apresenta uma fórmula para calcular o índice de convergência. Através de uma infografia, oferece-nos uma definição para este conceito:

A convergência dos media é um processo multidimensional que, facilitado pela generalizada implantação da tecnologia digital nas telecomunicações, afecta as áreas tecnológica, comercial, profissional e publicitária dos mass media. Favorece uma integração de ferramentas, espaços, métodos de trabalho e linguagens que estavam formalmente dispersas, de tal forma que os jornalistas produzam conteúdos que estão distribuídos por numerosas plataformas, usando a linguagem específica de cada uma delas (Palacios e Diaz-Noci, 2009 II:3)”.

Na opinião de João Pedro Pereira – jornalista do Público – “há uma grande divergência de estruturas entre os órgãos de diferentes meios. Nos jornais, dada a maior similitude de práticas jornalísticas na produção para o papel e para a Web, a integração poderá ser mais facilmente alcançada (o que não quer dizer que seja fácil)."


Há, portanto, uma conjugação de práticas jornalísticas, linguagens e ferramentas. Então, somos levados a questionar-nos: não será preferível o jornalista especializar-se numa só tarefa de modo a aperfeiçoar o seu trabalho (isto não quer dizer que não possa nem deva conhecer as outras ferramentas)?

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