quinta-feira, 18 de junho de 2009

A função do Jornalista

Numa altura em que todos os cenários parecem apontar para o fim dos jornais em papel, tal como sempre existiram, a preocupação sobre a função do jornalista está longe de ser a maior. No entanto, é no profissional que produz as notícias que encontramos a base da informação. O jornalista investiga, interpreta, trabalha o material informativo e por último publica. E isso acontece, como é sabido, em todas as plataformas. E é bom que aconteça, pois só dessa forma se consegue fazer bom jornalismo – principalmente no que à investigação e interpretação dos acontecimentos diz respeito (ver Epílogo do estudo de Anabela Gradim, intitulado Os Géneros e a Convergência: o jornalista multimédia do século XXI, da Universidade da Beira Interior, acerca do futuro do jornalista e das suas funções). O problema, obviamente, surge quando o jornalista é obrigado a fazê-lo para duas plataformas distintas, devido à sua multifuncionalidade.

Se estivermos a falar de um jornal online que publica vídeos como produto noticioso, pretende-se que estes não sejam qualitativamente inferiores às notícias escritas. O que se quer é, precisamente, que eles constituam um valor acrescentado em relação ao texto escrito – não basta pôr imagens para que elas digam por si só algo mais; é preciso que mostrem realmente algo que ainda não foi dito, que ainda não foi noticiado, que ainda não foi – permitam-nos o pleonasmo – “mostrado”.


Links sobre o fim de algumas publicações:

aqui;
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