quinta-feira, 18 de junho de 2009

Jornalista multi-funções VS Jornalismo multimédia

Convém, porém, frisar uma pequena distinção que ainda não foi referida. O nosso objecto de estudo é, e será, o jornalista multi-funções e não o jornalismo multimédia. Ainda assim, como veremos de seguida, o jornalista multi-funções resulta muitas vezes da organização convergente (ver definição de convergência) das empresas de comunicação social/informação, que mais não praticam que jornalismo multimédia; os dois conceitos não são, por isso mesmo, completamente indissociáveis.

Vejamos o exemplo do El País:

EL PAÍS - Madrid - 20/01/2009

El País vai converter-se numa empresa de produção de conteúdos de qualidade para papel, Internet e telefones móveis”, através de um novo modelo organizativo que supõe uma “mudança estrutural” e cristaliza a criação de três novas empresas. A redacção do El País fundir-se-á com a da sua edição em Internet (que até ao momento dependia de outra empresa do grupo, Prisacom). Esta integração não se limita ao nível jornalístico, sendo que constitui também uma fusão de operações económicas. Assim, criar-se-á uma empresa de conteúdos de qualidade sob a marca de El País na qual trabalharão perto de meio milhar de profissionais”.

Embora Juan Luis Cebrián (antigo director do diário e conselheiro delegado do grupo que o detém, a PRISA) afirme que ninguém vai ser despedido para levar a cabo esta medida (que entrou em vigor dia 1 de Março deste ano), isso não quer dizer que não haja uma interacção de plataformas. De uma forma ou de outra, a remodelação do jornal espanhol vai fazer com que os profissionais das três empresas comecem a trabalhar em conjunto; é esse, no fundo, o objectivo da convergência.

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